Esta é a apresentação do “Grupo cultural Parafolclórico Quadrilha Junina Pau Melado” na festa junina do Espaço do Saber. As festas juninas são, em sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha se originado nas festas dos santos populares em Portugal: a Festa de Santo Antônio, a Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre que povoou principalmente o nordeste do Brasil e pode-se encontrar muitíssimas semelhanças no modo de vestir caipira no Brasil. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais. A quadrilha, dança típica das festas juninas brasileiras, é carregada de referências caipiras e matutas. Mas sua origem vem de muito longe. Para muitos, a quadrilha não se restringe ao mês de junho. Grupos profissionais de quadrilheiros levam a sério a dança, se apresentam em festas e participam de concursos até o mês de setembro. Sem contar os ensaios anteriores às apresentações e as confecções de roupas, que exigem tempo até ficar tudo perfeito. “No início de janeiro já começamos a ensaiar e, em abril, estamos prontos para viajar pelo país”, diz Hamilton ‘Tatu’, do Grupo Parafolclórico Quadrilha Junina Pau Melado. A escola de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, tem 78 membros e coleciona títulos: cinco no circuito brasileiro e quatro no local. Para dançar, basta ter disposição. Muitos grupos acolhem pessoas de todas as idades. “Temos a categoria mirim, infantil, cascudo e adulto”, define Hamilton. Os integrantes do grupo devem ter, porém, disponibilidade, já que ser quadrilheiro profissional significa ter uma agenda apertada.